Herói é uma figura arquetípica que reúne em si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado problema de dimensão épica. Do grego ‘hrvV, pelo latim heros, o termo herói designa originalmente o protagonista de uma obra narrativa ou dramática. Para os Gregos, o herói situa-se na posição intermédia entre os deuses e os homens, sendo, em geral filho de um deus e uma mortal (Hércules,Perseu), ou vice-versa (Aquiles). Portanto, o herói tem dimensão semi-divina.
Variando consoante as épocas, as correntes estético-literárias, os géneros e subgéneros, o herói é marcado por uma projecção ambígua: por um lado, representa a condição humana, na sua complexidade psicológica, social e ética; por outro, transcende a mesma condição, na medida em que representa facetas e virtudes que o homem comum não consegue mas gostaria de atingir – fé, coragem, força de vontade, determinação, paciência, etc. O heroísmo que resulta em auto-sacrifício chama-se martírio.
O herói será tipicamente guiado por ideais nobres e altruístas – liberdade, fraternidade, sacrifício, coragem, justiça, moral, paz. Eventualmente buscará objetivos supostamente egoístas (vingança, por exemplo); no entanto, suas motivações serão sempre moralmente justas ou eticamente aprováveis, mesmo que ilícitas. Aqui é preciso observar que o heroísmo caracteriza-se principalmente por ser um ato moral.
Existem casos em que indivíduos sem vocação heróica protagonizam atitudes dignas do herói. Há também aqueles em que os indivíduos demonstram virtudes heróicas para realizar façanhas de natureza egoísta, motivados por vaidade, orgulho, ganância, ódio, etc. É o caso dos caçadores de fortuna (piratas, mercenários, etc). Tais exceções não impedem de serem admirados como heróis; no entanto, serão melhor representados no arquétipo do anti-herói.
Através das histórias e quadrinhos, do cinema e de outras mídias, a cultura de massa popularizou a figura do ’’super-herói’’, que são indivíduos dotados de atributos físicos extraordinários como corpo à prova de balas, capacidade de voar, etc. Merecem explicação à parte (vide super-herói).
Algo bastante controverso, especialmente o modo que você pode classificar um super-herói.
O primeiro registro de um herói fantasiado é a aparição de Pimpinela Escarlate (1903), mas no formato pulp fiction.
Ainda no início do século XX, as pulp novels e os programas de rádio começaram a introduzir personagens como Dr. Syn (1915), Zorro (1919), Green Hornet (1936).
Todos tendo em comum o altruísmo, os uniformes e as identidades secretas.
Heróis com habilidades acima da média também começavam a aparecer durante esse mesmo período, só que como um elemento dentro de obras de ficção.
Alguns exemplos são Tarzan (1912), Hugo Denner (do livro Gladiator de 1930, 1º personagem geneticamente modificado, usado na série Young All-Stars como pai do super-herói Iron Munro… graças ao dominio público), Shadow (1931), Doc Savage (1933) e Spider (1933).
O primeiro personagem extremamente forte a aparecer em uma tira de quadrinhos foi Hugo Hercules (1902).
O primeiro a aparecer com uniforme colante e mascara foi o Fantasma (1936).
O primeiro a aparecer em uma revista em quadrinhos foi the Clock (1936), em uma revista da editora Quality Comics.
Foi a partir de Superman (1938) que o termo "superhero" começou a ser usado (obviamente derivado do nome do personagem), e embora o conceito original fosse muito próximo dos "costumed heroes" (também conhecidos como "masked heroes" ou "mystery men") logo foi evoluindo para o que hoje nós conhecemos como super-heróis.
Além do altruismo, dos uniformes, das identidades secretas e dos poderes e habilidades muito além dos de um ser humano comum, o género contava, muitas vezes, com um cenário urbano e contemporâneo que se aproximava muito mais da vida do leitor aumentando assim o nível de identificação, embora também seja comum cenários futuristas e de outros planetas.
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